sábado, 1 de agosto de 2015

2009

Esse foi o ano que deu início a tudo. Em 2009, eu fazia 15 anos, idade esperada por muitas meninas, talvez por uma sonhada viagem ao exterior ou por uma festa de princesa... Eu não fazia questão de nada disso. Para mim, bastava ter a companhia da minha família e dos meus amigos que tanto amava. Na verdade, imaginei que fazer 15 anos não mudaria absolutamente nada na minha vida, porém, eu me enganei.
Como uma criança que sempre teve problemas com o peso, durante o início da adolescência isso não foi diferente, o que me causou bastante sofrimento quando o assunto era meninos. Tive minha primeira "paixão" aos 12 anos e fui rejeitada cruelmente, e isso se repetia sempre, e pelo mesmo motivo: meu peso. Eu não era nenhuma obesa, mas sempre fui gordinha, e não agradava o sexo oposto numa fase da vida onde a aparência era tratada com tamanha importância. E se tinha uma coisa que eu adorava fazer era me apaixonar. Daí, é possível imaginar o acúmulo de foras.
Um ano antes, eu havia decidido emagrecer e, apesar de não ter sido tanto quanto o famoso IMC exigia, a mudança foi notável e eu virava pescoços onde quer que fosse. Digamos que sempre fui muito mulher para a minha idade; mas volto a dizer que isso continuou sendo um problema quando meu objetivo era me relacionar com meninos da minha faixa etária, pois enquanto as outras garotas de 14/15 anos ainda tinham porte de menina, eu já era muito mais desenvolvida e chamava a atenção de garotos e homens mais velhos. Não é preciso pensar muito para descobrir que isso foi me deixando complexada e eu pensei que ainda estivesse gorda e, por isso, os meninos do colégio não quisessem nada comigo. Isso, sem contar, que fui criada num ambiente onde sempre houve preocupação excessiva com ganho de peso, visto que pessoas passaram pelos mesmos traumas.

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